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Presidente do CNS participa da VII Conferência Estadual de Minas Gerais
“Os espaços das Conferências não são apenas momentos de reflexão, mas de debates entre nós. Aqui convivemos com divergências, mas é nas Conferências que podemos construir novos consensos”. Foi com essas palavras que o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e ministro da Saúde, Alexandre Padilha abriu na manhã desta terça-feira, 9, o segundo dia da VII Conferência Estadual de Minas Gerais.
De acordo com Padilha, um dos principais desafios para a 14ª Conferência Nacional de Saúde, que iniciou a etapa estadual com a conferência mineira, é discutir como alcançar dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) o acesso e a qualidade, eixo desta Conferência. Para o presidente do CNS, o debate sério que é feito dentro da Conferência deve ser ampliado e chegar a toda população que não participa do Controle Social e de movimentos que lutam pela melhoria do SUS.
“Ou o SUS serve para aquelas pessoas que não participam dos nossos espaços, que não usam a nossa linguagem, que não sabem de cor as leis e as portarias, que não participam dos embates que existem entre nós, ou não vamos conseguir ter essas pessoas como aliadas, e muito menos um sistema de todos”, alertou.
A questão da obesidade e do envelhecimento da população foi apresentada por Padilha como as principais mudanças na sociedade brasileira nos últimos anos. De acordo com ele, essas transformações refletem na formulação das políticas publicas que vão além da pura atenção à saúde, mas que exige o cumprimento do direito estabelecido pela Constituição Federal de 1988, que é o da Seguridade Social. “Precisamos ter políticas que nos façam viver mais e com qualidade”, disse.
Para finalizar sua participação na VII Conferência Estadual de Saúde de Minas Gerais, Alexandre Padilha afirmou que somente com a atenção básica é que será possível alcançar o acesso com qualidade, reafirmando a importância do SUS público. “Não podemos esquecer e temos que afirmar e buscar sempre o caráter público do SUS, regulado, acompanhado e normatizado pelo público”, concluiu.
E na época do morango… Jovens são libertados no cultivo do morango em MG
Por: Leonardo Sakamoto .
02/08/2010 – 15:02 –
Duas adolescentes (de 14 e 16 anos de idade) e outro jovem 17 foram libertados, junto com outras 43 pessoas, de duas áreas produtoras de morango no Sul de Minas Gerais. A operação envolveu a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e a Polícia Rodoviária Federal. As vítimas (algumas delas há quatro meses nas fazendas e moradoras da região) faziam o manejo das plantações, além da colheita, seleção e embalagem dos morangos. A informação é de Rodrigo Rocha, da Repórter Brasil.
“A situação era de risco grave e iminente por conta da possibilidade de contaminação por agrotóxicos e das péssimas condições sanitárias. A situação era de trabalho degradante, uma das características do trabalho análogo ao de escravo”, afirmou a auditora fiscal, Valéria Guerra Mendes.
As libertações ocorreram no Sítio Pinhal, em Estiva (MG), de propriedade de Nelson Luiz Pereira, que possui cerca 500 mil pés de morango. E nos sítios Pinhalzinho dos Policas e Lagoinha (que formam um imóvel único nos municípios de Itapeva e Senador Amaral) pertencente a Sebastião Roelto Andrade. Mais de 300 mil pés de morango eram cultivados no local. As verbas rescisórias chegaram a aproximadamente R$ 246 mil.
Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política. Cobriu conflitos armados e o desrespeito aos direitos humanos em Timor Leste, Angola e no Paquistão. Já foi professor de jornalismo na USP e, hoje, ministra aulas na pós-graduação da PUC-SP. Trabalhou em diversos veículos de comunicação, cobrindo os problemas sociais brasileiros. É coordenador da ONG Repórter Brasil e seu representante na Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo http://blogdosakamoto.com.br/2010/08/02/jovens-sao-libertados-no-cultivo-do-morango-em-mg/